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Alopecia universal pós DRESS

Escrito por

Fabio Francesconi

Abrocitinibe no tratamento da alopecia universal
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Você sabia que há casos de alopecia universal pós DRESS (Drug rash with eosinophilia and systemic symptoms).

Além disso, que alguns casos de DRESS estão associados com a ativação do EBV (Epstein-Barr virus) e que o vírus poderia contribuir para o desenvolvimento da Alopecia universal?

Este post faz nossa série de artigos listada no post Inibidores de JAK vão mudar a dermatologia

O artigo Successful treatment of alopecia universalis with abrocitinib: a case report é um relato de caso que nos trás divresos ensinamentos, dessa forma, fica a sugestão da leitura do artigo original

Nesse relato de caso temos uma paciente que evolui com repilação de uma paciente portador alopecia areata universal com o uso de Abrocitinibe.

O título do artigo, nem de longe mostra a complexidade do caso que tem algumas peculiariedades:

  1. A alopecia universal surgiu 02 meses de um caso de DRESS em consequência do uso da lamotrigina
  2. A síndrome de DRESS estava associada à reativação do EBV

Os portadores de síndrome DRESS, especialmente nos casos associados à reativação viral, podem desenvolver as chamadas sequela autoimune da DRESS

Considerado um fenômeno autoinflamatório, a complicação está associada à reativação viral que por mecanismos ainda não elucidados pode lavar a quadros de tireoidite ou LES, assim como de alopecia areata, caso da paciente relatada.

Olhando para o tratamento da alopecia, a principio os autores utilizaram minoxidil tópico, corticóide intralesional sem resposta satisfatória.

Seguiu com uso de betametasona intramuscular (que eu particularmente não usaria) que também não mostrou resultado, desta forma os autores iniciaram tofacitinibe.

A paciente sem resposta ao tofacitinibe, um inibidor das JAK, sem melhora clínica.

O curioso é que mesmo na falta de resposta, os autores escolheram outro inibidor de JAK, agora mais seletivo para a JAK 1.

Dessa forma, optaram por iniciar o abrocitinibe 100mg que levou a melhora parcial no período de 2 meses.

Com o intuito de acelerar e melhorar a resposta, aumentaram a dose para 200mg por mais dois meses. Como resultado da boa resposta, retornaram para a dose de 100mg. 

Após 6 meses de tratamento o paciente estava com o quadro 100% controlado

Vamos conctar os pontos?

Este caso mostra conexões que não são óbvias e que demandam do médico moderno uma cultura médica ampla e uma grande capacidade de integrar as informações.

Atualmente, alguns autores consideram a reativação do EBV como fator desencadeador da DRESS e além disso como fator associado ao surgimento da alopécia.

Não sabemos o exato mecanismo sabemos porém, que temos disfunção das células T regulatórias e que esta disfunção poderia influenciar na perda da tolerância imunológica e assim causar a perda do pêlo.

Outro aspecto importante do caso é que a não resposta ao tofacitinibe, não inibiu a tentativa de tratamento com o abrocitinibe.

Os inibidores de JAK são moléculas complexas que vamos aprender muito ao longo destes próximos meses e anos que virão.

Conta para gente o quanto você aprendeu com esse relato de caso, com a alopecia universal pós DRESS

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