Conheça os riscos do uso do Ozempic e da ingestão de lactose para pacientes com refluxo esofageano e como prevenir a Esofagite Eosinofílica.
Ozempic é uma medicação cada vez mais utilizada para controlar o diabetes ou para auxiliar na perda de peso. No entanto, o uso da substância ativa do medicamento, a semaglutida, pode estar relacionado ao refluxo gástrico em alguns pacientes, o que pode aumentar as chances de vômitos e esofagite.
Recentemente, o ex-presidente Lula sofreu com refluxo esofageano relacionado ao uso do Ozempic. Seu quadro só melhorou com a restrição ao leite e, eventualmente, teve mesmo que suspender a medicação.
Mas o refluxo esofageano, seja pelo Ozempic ou pela ingestão de lactose, pode irritar cronicamente o esôfago por causa da acidez do estômago. Em pacientes com histórico de asma, rinite intensa, polipose nasal e/ou dermatite atópica, o refluxo pode se associar com a Esofagite Eosinofílica.
A Esofagite Eosinofílica é uma inflamação do esôfago que pode causar dificuldade para engolir alimentos sólidos, vômitos, perda de peso e dor abdominal. Esta tendência afeta cerca de 10% da população e pode ser mais comum em pessoas com uma desregulação do perfil Th2, como aqueles com dermatite atópica.
Para evitar complicações, é importante orientar o paciente com refluxo a reduzir a ingestão de lactose. A falta da enzima lactase provoca uma espécie de fermentação que pode piorar o refluxo gastroesofágico. Além disso, é recomendável que pacientes com histórico de doenças atópicas conversem com seus dermatologistas antes de iniciar o uso de Ozempic ou qualquer outra medicação.
No tratamento da Esofagite Eosinofílica, existem medicamentos eficazes, como o Dupilumabe, Lirentelimabe e Cendaquimabe, que podem ser indicados por um médico especialista. Conhecer a imunologia do paciente é fundamental para orientar sobre a melhor abordagem terapêutica.
Ao adotar medidas preventivas e ter acompanhamento médico adequado, é possível controlar o refluxo esofageano e evitar complicações como a Esofagite Eosinofílica.
